FEMEC 2025

Competição destaca evolução genética e qualidade dos animais no agronegócio mineiro

A FEMEC 2025 foi palco de um dos torneios leiteiros mais disputados do ano, reunindo 29 animais de altíssima qualidade. O evento, que já se consolida como uma referência para a pecuária leiteira no Brasil, contou com recordes batidos e reforçou a importância da inovação genética no setor. Entre os destaques da competição, a vaca Jacarta, da Fazenda Recreio, sagrou-se grande campeã, confirmando o legado de sua linhagem e a excelência no manejo de seus criadores.

Para Mila de Carvalho, proprietária da Jacarta, a conquista é resultado de anos de trabalho e de uma parceria de sucesso. “Tem uma importância muito grande, porque é o resultado da confiança no potencial genético da Jacarta. Ela é filha da Bandeira, a única tri-recordista mundial de produção, e vem provando sua coagênia através de suas filhas, netas e bisnetas”, destaca Mila.

Além da excelência genética, a preparação dos animais para um torneio desse nível exige dedicação e técnica. “A gente já pensa na data do parto para que tudo esteja alinhado. O preparo é como o de uma atleta de alto desempenho, respeitando sempre o limite do animal para garantir sua saúde”, explica Mila.

Recordes e novas categorias marcam o torneio

O coordenador de exposições da ABCGIL, Gustavo Rodrigues, celebrou os números alcançados na FEMEC 2025. “Este foi um dos primeiros torneios leiteiros do ano e começamos com o pé direito. Tivemos recordes batidos aqui no Camaru, o que reforça a qualidade dos animais participantes”, afirmou.

Entre os recordes estabelecidos, a categoria fêmea jovem superou a marca anterior de 55,973 kg de leite, atingindo um novo patamar de 58,830 kg. Já na categoria vaca jovem, o recorde anterior de 63,766 kg foi ultrapassado com uma produção de 64,530 kg, se aproximando dos índices nacionais e mundiais.

A busca por novas referências de produção segue em evolução. “O recorde da vaca adulta é acima deq 70 kg, e sabemos que temos animais com potencial para superar essa marca. O recorde mundial é de 83 kg, então estamos trabalhando para alcançar esse patamar”, pontuou Gustavo.

Uma novidade na edição deste ano foi a criação da categoria vaca sênior, para animais com mais de 96 meses, visando uma disputa mais justa e equilibrada. “Chamamos essas vacas de ‘vovós do leite’. Elas continuam produzindo em alta performance e merecem esse reconhecimento”, explicou o coordenador.

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